quinta-feira, 19 de novembro de 2009

QUEM SÃO OS ALUNOS QUE PROCURAM A EJA?


Os alunos que procuram EJA são jovens e adultos cada grupo com suas características desta forma heterogêneos e com alguns traços bem marcantes e de certa forma muito parecidos, pois todos tem histórias de vida sofridas e marcadas por lutas e desafios, são socialmente desfavorecidos e por algum motivo todos deixaram a escola regular por não conseguirem estudar na idade adequada.
Os alunos jovens que procuram a EJA apresentaram problemas na escola seriada regular tais como: indisciplina, desvio de idade padrão, desinteresse, evasão, drogas, gravidez precoce, multirepetência. Estes alunos são ansiosos, idealistas, inseguros, confusos, menos interessados, tem maior facilidade para aprender. Já os alunos adultos são mais interessados, tem maior dificuldade em aprender, demonstram maior interesse pelos estudos, são mais respeitosos com os professores, desejam maior qualificação profissional e melhor colocação no mercado de trabalho.
Estes dados foram levantados através de pesquisa de campo proposta pela interdisciplina EJA, Eixo VII . Através dos relatos de professores da EJA meu grupo pode entender melhor qual o perfil deste aluno que procura estudar após ter abandonado a escola regular; quais são suas características qual o motivo que o levou voltar para escola? Através deste trabalho posso perceber a importância que os professores da EJA exercem e de como estes podem contribuir para que todos estes alunos jovens e adultos recuperem tudo aquilo que foi perdido longe da escola.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

TEMAS GERADORES


Trabalhar com temas geradores é contextualizar as aprendizagens de maneira efetiva, pois de nada adianta ensinar para os educandos conteúdos previamente classificados em uma lista enorme de assuntos que nada dizem e não acrescentam nada na vida dos alunos. Tomo como exemplo a célebre frase encontrada nas velhas cartilhas para alfabetizar que dizia: “Eva viu a uva”, Quem era esta mulher, porque se chamava Eva? Onde ela morava? Será que gostava de uva? Onde ela via esta uva? Estas são algumas das perguntas que posso imaginar serem feitas por milhares de alunos, senão milhões que um dia leram esta afirmação. Será que as crianças que entraram em contato com esta frase algum dia estiveram interessadas em aprender sobre uma mulher chamada Eva? E sobre uvas, eles também estariam interessados? Falando agora de minha prática docente, sempre percebi que todos aqueles assuntos que eram de interesse dos alunos eles sempre aprendiam melhor de maneira mais rápida e não esqueciam com o passar do tempo, pois eram significativos. Temas geradores surgem através do diálogo entre professor e aluno, nascem de uma curiosidade, necessidade ou vontade de aprender sobre determinado assunto; produzem conhecimento, novas experiências e trocas insubstituíveis entre professores e educandos em um movimento de práxis-teoria-práxis.

Pedagogia por Projetos

A Pedagogia por Projetos favorece a aprendizagem dos alunos não importando qual faixa etária, ou série que eles se encontram. Na Educação Infantil o professor trabalha de forma mais lúdica com seus alunos explora mais a oralidade, pois os pequenos alunos ainda não sabem ler nem escrever; desta forma ler histórias, mostrar gravuras, desenhos apresentar personagens torna o projeto mais rico e atraente para as crianças. Já nas séries iniciais o professor pode utilizar vários recursos com os alunos, pois já se encontram mais maduros e já desenvolveram habilidades que permitem ao docente propor caminhos mais audaciosos e cada vez mais desafiar aos alunos a buscarem novos conhecimentos. Tanto na educação infantil quanto nas séries iniciais trabalhar por projetos faz com que os alunos busquem novas aprendizagens, desenvolvam hábitos e atitudes de cooperação e estabeleçam conexões entre seus conhecimentos prévios e os novos saberes que serão construídos ao longo do projeto.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Concepções sobre Educação de Jovens e Adultos


Para que estes jovens e adultos não sintam-se fora de sintonia com o fazer da escola é preciso adequar currículos e métodos de ensino, partindo assim das experiências e histórias de cada um para uma aprendizagem significativa e associada as suas realidades cotidianas, pois todos tem condições de aprender e cognitivamente como nos diz Palácios (1995, p.312) “ as pessoas humanas mantêm um bom nível de competência cognitiva até uma idade avançada (desde logo, acima do 75 anos) “. Por tratar-se de um público específico homogêneo em relação à idade e falta de acesso a escola e heterogêneo quanto à diversidade de histórias, vivências os alunos da EJA precisam ser visto pelos professores de maneira peculiar, lançando um olhar diferenciado no que diz respeito ao aproveitamento das relações com o mundo que estes alunos possuem; trazendo toda esta riqueza para dentro da sala de aula revertendo assim em ricas e frutíferas aprendizagens, partindo da identidade de cada um e de seus conhecimentos prévios suas visões e leituras de mundo fazendo uma ligação entre os conteúdos escolares e a vida dos estudantes. “ O adulto está inserido no mundo do trabalho e das relações interpessoais de um modo diferente daquele da criança e do adolescente.Traz consigo uma história mais longa(e provavelmente mais complexa)de experiências, conhecimentos acumulados e reflexões sobre o mundo externo, sobre si mesmo e sobre as outras pessoas.” (Oliveira)
Fazer com que Jovens e Adultos superem o desafio de adentrarem na escola após longos anos sem estudar não é tarefa fácil, pois se a proposta pedagógica que for oferecida não resgatar nestes cidadãos suas identidades como seres humanos, estimular sua participação efetiva n sociedade e fazê-los compreender a importância e utilidade da educação em suas vidas; certamente muitos irão evadir novamente da instituição escolar. Citando Oliveira, “ A escola voltada à educação de jovens e adultos, portanto, é ao mesmo tempo um local de confronto de culturas"