Em Sala de Aula ...

Para Maturana a educação para a competição não se constitui em um exercício de caráter natural/biológico, em sua constituição, mas é algo construído culturalmente. Para ele: “a competição não é nem pode ser sadia, porque se constitui na negação do outro (...) A competição é um fenômeno cultural e humano, e não constitutivo do biológico” (Maturana, 1998b, p. 13).

Em sala de aula percebe-se a competição que existe entre os alunos, tudo é motivo para disputar e a cada momento provar a superioridade. Como diz Maturana em seu comentário acima a educação para competição é algo construído pelo homem ao longo dos séculos, e sendo assim, passou a ser uma cultura entre os seres humanos. Eu como professora de uma turma de 4ª série observo em meus alunos uma competitividade em todos os momentos. Por este motivo as relações interpessoais ficam dificultadas, pois não consegume perceber o outro com suas características individuais. Creio que nós professores devemos cultivar em nossos alunos a compreensão, solidariedade e amizade para que no futuro eles possam ser adultos mais felizes.

Grupo Um - Em busca de interação

"Para ele, o sujeito não é apenas ativo, mas interativo, porque forma conhecimentos e se constitui a partir de relações intra e interpessoais. É na troca com outros sujeitos e consigo próprio que se vão internalizando conhecimentos, papéis e funções sociais, o que permite a formação de conhecimentos e da própria consciência. Trata-se de um processo que caminha do plano social - relações interpessoais - para o plano individual interno - relações intra-pessoais". (Vygotsky)

Faço parte do Grupo 1 de Políticas Educacionais que tem como objetivo elaborar um Projeto de Aprendizagem. Percebo que a cada dia interagimos mais e desta forma estamos conseguindo desenvolver e atingir nossa meta de trabalho. Na citação acima pode-se compreender claramente que o sujeito adquire novos conhecimentos através das relações que ele estabelece e nas trocas que mantêm. Através de conversas no A2, por e-mail, no fórum da interdisciplina Seminário Integrador V, no Pbwiki e nos encontros presenciais nosso grupo está construindo conhecimentos, e através de nossas interações e relações uma grande teia de aprendizagens está vindo à tona e nos fazendo crescer, desenvolvendo assim nossas potencialidades.

Projeto de Aprendizagem !!!

Está sendo um grande desafio o Projeto de Aprendizagem proposto pela interdisciplina Seminário Integrador V, pois quando penso que esclareci as dúvidas mais incertezas aparecem, como uma onda que vai e vem. O mais difícil me parece é lidar com tamanha autonomia que nos tira o rumo, às vezes penso como seria bom se o professor Silvestre fizesse uma postagem no fórum do grupo 1 de Políticas Educacionais com o número da pergunta para nós enfim começarmos nosso trabalho. Formada em uma escola tradicional onde o professor costumava direcionar tudo, e se possível dar até as respostas prontas fica difícil romper este paradigma e demonstar autonomia em busca do conhecimento. Mas apesar de todas dúvidas e incerteza, creio que estes momentos fazem parte do processo de aprendizagem ... e particularmente estou disposta a continuar nesta busca.

7 de Setembro !!

Dos filhos deste solo és mãe gentil,

Pátria amada,

BRASIL!

Gestão Democrática

Na Escola Estadual de Ensino Fundamental General Daltro Filho, na qual trabalho como professora de séries iniciais, vivencio com grande orgulho uma realidade de gestão democrática. Nesta escola o diretor é escolhido por eleição com grande participação da comunidade escolar; o processo inicia com a formação de chapas (de candidatos à direção) que expõem suas propostas através de debates e sessões públicas onde pais, alunos, professores e funcionários participam. Possuímos Conselho Escolar atuante e exercendo seu papel de órgão fiscalizador, consultivo e deliberativo como é previsto pela lei. De maneira democrática os alunos escolheram a diretoria do Grêmio Estudantil da escola formada por alunos das mais variadas séries. Para fins de uma avaliação justa em final de trimestre, todas as turma da escola, do Jardim A até a 8ª série, tem conselho de classe onde a supervisora, a orientadora, um membro da equipe diretiva e mais a professora (o) participam da avaliação de cada aluno, procedendo registro das aprendizagens e dificuldades apresentadas por cada discente buscando assim solução individualizada para cada caso. Os alunos a partir da 5ª série escolhem seus líderes e vice-líderes, que representam a turma perante a direção da escola e vice-versa. O projeto político pedagógico foi construído com a participação de todos os segmentos da comunidade escolar e sempre está à disposição no saguão da escola para leitura de pais e alunos. Quanto à prestação de contas, a mesma ocorre de forma transparente e está disponibilizada a todos que se interessarem, pois a cada mês a diretora da escola afixa no mural de entrada, em lugar bem visível e de fácil acesso, um relatório informando todos os gastos da escola de forma discriminada e também, contempla todas as arrecadações e entradas do mês em questão.
Enfim, creio que faço parte de uma comunidade escolar que está no caminho da gestão democrática, construindo coletivamente uma proposta participativa, plural, includente e democrática. Apesar de vivenciar todo este processo descrito e saber que grandes conquistas foram realizadas ao longo das décadas, ainda temos um longo caminho a percorrer no sentido de buscarmos a maior qualidade para o ensino público, onde cada professor, como eu, visa elevar o nível de aprendizagem dos alunos da rede. Penso que para resolução de tal problemática, políticas educacionais deveriam ser pensadas no sentido de propiciar aos professores, principalmente aos da rede pública estadual, carga horária para capacitação através de cursos de reciclagem, estudos adicionais e momentos para planejamento que não temos e julgo de suma importância para executar uma prática docente qualificada.