domingo, 27 de setembro de 2009

TAYLORISMO/FORDISMO E A CULTURA ESCOLAR


Até os dias de hoje no cotidiano escolar percebemos as marcas deixadas por Taylor e Ford as mesmas transitam entre os espaços da escola, pois nossos alunos cidadãos do século 21 encontram-se desestimulados com aulas repetitivas, monótonas com planejamentos rígidos, professores que não estão atentos aos interesses dos alunos, currículos descontextualizados do mundo e da sociedade a qual os estudantes pertencem, enfim, a formação de um indivíduo crítico, atuante e reflexivo não encontra espaço neste contexto. E conforme, mudam os interesses a instituição escolar recebe uma enxurrada de novidades. Com o advento das economias de produção flexível percebemos através da mídia que a educação está sendo “qualificada” através de instrumentos de medição do aproveitamento dos alunos (Prova Brasil, Prova do SAERS, Provinha Brasil etc..), o IDEB (Índice de desenvolvimento da educação básica) está presente para mostrar que é possível melhorar o desempenho dos professores e alunos conseqüentemente, a sociedade está sendo convocada a participar e acompanhar os resultados obtidos pela escola até que se atinja o chamado “padrão de qualidade”, através de índices que medem o desempenho da escola. Até que ponto estes resultados são verdadeiros e expressam a realidade? Recentemente, os professores receberam a notícia de que os planos de carreira seriam extintos, em seu lugar o desempenho do professor seria avaliado e desta forma aquele profissional que atingisse as metas propostas ganharia prêmios em dinheiro, a formação continuada seria também um item preponderante para obter-se tal gratificação, podemos perceber que os chamados “Círculos de Qualidade” influenciaram tais propostas.Certamente, nós educadores que trabalhamos todos os dias dentro de uma escola sabemos que muito precisa ser feito para que a educação cumpra sem papel na vida de meninos e meninas que ao longo de vários anos buscam formação no interior das escolas deste país. Se nós professores, diretores e profissionais da área educacional não estivermos atentos certamente o fazer pedagógico sempre será afetado por mudanças externas advindas de interesses econômicos e políticos, antes nossa preocupação e nosso compromisso deve ser em formar cidadãos pensantes, abertos ao diálogo, comprometidos com causas solidárias e justas, críticos e reflexivos, aptos para exercerem sua cidadania. Não obstante a escola deve oferecer aos alunos um local aprazível, ambiente acolhedor onde o respeito e a solidariedade imperem, deve ser também um espaço democrático onde o diálogo, a transparência e o acolhimento sejam marcas permanentes.

Um comentário:

Anice - Tutora PEAD disse...

Olá, Jane! Tens razão sobre o que expõe em relação ao cenário atual e o quanto a cultura do fordismo e taylorismo ainda atuam nas escolas. Tu percebe uma certa mudança em tua escola sobre essa nova visão; sobre a necessidade de mudança? Percebe também na prática ou somente na teoria? Abraço, Anice.